Dossiê UFO Brasil
Por CBU
O Dossiê UFO Brasil foi protocolado na Comissão de Averiguação e Análise de Assuntos Sigilosos (CAAIS), no final de dezembro de 2007. É o instrumento que permitiu à Ufologia Brasileira, sob os rigores da Lei e da Constituição Federal, pressionar nossas autoridades para que se posicionem diante da realidade e do avanço do Fenômeno UFO, dando orígem ao início das liberações de arquivos.
Caso Parintins
Por Aeronáutica/Marinha Brasileira
Caso registrado e documentado pelo 4º Distrito Naval, comprovando que a Marinha possui arquivos sobre UFOs, ao contrário do declarado na Certidão 60-3/2010 enviada à CBU pelo Comando da Marinha, em que afirma não constar nada sobre o assunto naquele Comando.
Dê play para ver um vídeo sobre esses documentos: Vídeo retirado do Portal da Rede TV.
Caso Parintins - Imagens abaixo
Relatório de Ocorrências da Noite Oficial dos
UFOs no Brasil
Por Força Aérea Brasileira (FB) |
Este documento registra um dos mais espantosos incidentes ufológicos do mundo, ocorrido em 19 de maio de 1986 e chamada pelos ufólogos como “A Noite Oficial dos UFOs no Brasil”. Ele descreve como 7 caças a jatos da Aeronáutica se envolveram numa incrível perseguição a 21 UFOs esféricos e de grande proporções entupia os radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), especialmente na Região Sudeste.
GRAÇAS A INICIATIVA DA
COMISSÃO BRASILEIRA DE UFÓLOGOS (CBU) -
Mais um lote enorme de documentos ufológicos chegou à Coordenação Regional do Arquivo Nacional no Distrito Federal (COREG) e estavam sendo digitalizados. Trata-se dos registros gerados pela Força Aérea Brasileira (FAB) na década de 90. São quase 800 páginas, divididas em 10 pastas que, a partir desde momento, estão à disposição dos estudiosos e da sociedade. Os documentos contem transcrições de conversas entre pilotos e torres de controle aéreo, comunicados, relatórios de ocorrências e despachos oficiais. No entanto, o que mais chama a atenção é que temos dezenas e dezenas de questionários, com centenas de testemunhas do Fenômeno UFO.
Pelo texto, comando deve apenas registrar e encaminhar ‘ocorrências’. Destino final das notificações sobre óvnis é o Arquivo Nacional. Uma portaria publicada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União regulamenta como a Aeronáutica deve proceder com notificações de “objetos voadores não identificados” (óvnis) no espaço aéreo brasileiro. De acordo com o documento, o Comando da Aeronáutica (COMAER) deve restringir sua atuação neste campo ao registro de ocorrências e ao encaminhamento desses registros para o Arquivo Nacional. O texto, portaria 551/GC3, de 9 de agosto de 2010, aponta ainda o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) como responsável por receber e catalogar as notificações referentes a óvnis. Os registros (“relatados por usuários dos serviços de controle de tráfego aéreo”) devem seguir para o Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (CENDOC), conforme determina a portaria.
Objetos voadores quase identificados
Aeronáutica libera documentos que detalham aparições de supostos extraterrestres e casos de pessoas “infectadas” por focos de luz registrados no Brasil de 1952 a 2009.
Segunda-feira, 23 de junho de 1969. Passava da meia-noite, chovia fino e ventava fraco quando Dayse Arantes Carneiro, 42 anos, dona-de-casa e ex-datilógrafa, chamou a atenção do filho para um ponto que brilhava no céu sem estrelas do centro-norte de Minas Gerais – mais precisamente entre as cidades de Guaraciama e Bocaiúva, a cerca de 400 quilômetros de Belo Horizonte. A bordo de uma caminhonete Rural Willys, a 40 km/h, Dayse notou um objeto flutuando sobre as árvores, a 500 metros de distância, no pé do morro. “Era algo semelhante a uma fogueira”, relatou na época. “Ou a um edifício redondo com as janelas iluminadas à noite”. No dia seguinte, a dona-de-casa acordou com os olhos inchados e doloridos. Caminhou até o espelho e percebeu que estavam opacos. A sensação desapareceu depois de alguns dias. Nunca sentira algo parecido.
Um mês e meio depois, Dayse relatou o caso para um funcionário do Sistema de Investigação dos Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), órgão da Aeronáutica criado em abril de 1969 e extinto três anos depois pelo governo Médici. O rapaz analisou as características físicas e psíquicas da depoente – considerada sã – e preencheu um relatório de 22 páginas, arquivado sob uma sigla de informação classificada das Forças Armadas. Hoje, o documento está entre as quase 5.000 páginas abrigadas no Arquivo Nacional, em Brasília, disponíveis ao público, que detalham aparições de objetos voadores não-identificados, supostos extraterrestres e casos de pessoas “infectadas” por focos de luz registrados no Brasil de 1952 a 2009. É possível acessar boa parte do material pela internet.
Idealizado pelo major-brigadeiro José Vaz da Silva e pelo major-aviador Gilberto Zani de Mello – ambos falecidos – o Sioani reuniu e investigou todos os casos relacionados a Ovnis no Brasil durante os três anos de existência. Por não ser uma atividade prioritária para o governo, o órgão encerrou as atividades. A Aeronáutica explica que não dispõe de equipamentos ou recursos para fazer investigações de OVNIs, por isso se limita a fazer o registro de episódios relatados. Esse registro continua a ser obrigação das Forças Armadas. A Aeronáutica, por exemplo, desenvolveu um questionário padrão que até hoje é preenchido por quem afirma ter presenciado algum fenômeno extraterrestre.
A abertura dos documentos começou em outubro de 2008, depois de insistentes pedidos de ufólogos brasileiros. Contudo, só no fim de 2010, por meio da portaria 551/GC3, o tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito regulamentou o acesso aos papéis, definindo como seriam recebidos, catalogados e arquivados. Assim como ocorre em todos os países, ufologia e teorias da conspiração também andam de mãos dadas no Brasil. Enquanto a Aeronáutica garante que 100% dos documentos foram liberados, os ufólogos falam em menos de 5%.
“Estimo que 2% ou 3% do total de documentos existentes foram revelados pelo governo”, diz Ademar José Gevaerd, diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV). “Eles liberaram menos de 400 páginas relativas a toda a década de 2000. Eu, sozinho, produzo isso em três meses”. Fernando de Aragão Ramalho, vice-presidente da Entidade Brasileira de Estudos Extraterrestres (EBE-ET), concorda: “Com certeza absoluta as Forças Armadas escondem parte do material”. A dupla afirma que durante anos teve acesso a documentos que não constam do lote disponibilizado pelo governo. A Aeronáutica nega.
“Em cumprimento à determinação do Comando da Aeronáutica, desde agosto de 2010, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), que tem como missão realizar a defesa do território nacional contra todas as formas de ataque aeroespacial, passou a enviar anualmente todos os seus registros sobre avistamentos para o Arquivo Nacional. Todos os registros, sem exceção, estão sendo repassados”, afirmou, em nota, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.
As divergências entre ufólogos, militares e cientistas são tão antigas quanto a existência de pessoas que afirmam ter visto Ovnis e ETs. Em 27 de junho de 1986, por exemplo, o ufólogo Claudeir Covo e o físico da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Carlos Menezes protagonizaram um debate nas páginas do Jornal da Tarde. “É sério, os discos voadores existem, e os ETs estão interessados na Terra”, declarou Covo. Menezes rebateu: “Ah é? Então, por que não descem para um café?”
Uma das primeiras referências da humanidade a discos voadores, segundo os ufólogos, aparece registrada na Bíblia. Em 60 a.C., o profeta Ezequiel parou às margens do Rio Quebar, na Mesopotâmia, e avistou “uma roda dentro de outra roda, toda cheia de olhos, que desceu do céu numa nuvem de fumaça”. Os teólogos atribuem a imagem a “uma visão divina”.
Desde então, o formato de objetos voadores como os descritos por Ezequiel tornaram-se um clássico. No Brasil, o mais célebre deles entrou para a história depois da “Operação Prato” – que deslocou militares da FAB até o Pará para investigar estranhas aparições. Em outubro de 1977, no município de Colares, perto da ilha de Marajó, um misterioso objeto luminoso era visto sempre depois das 19h voando a poucos metros do solo. Nos documentos do Serviço Nacional de Informações (SNI) o caso aparece descrito como um Ovni que emitia um intenso foco de luz na direção das pessoas que, trêmulas, perdiam os sentidos e amanheciam doentes. Wellaide Cecim de Carvalho, na época médica da Unidade Hospitalar de Colares, confidenciou aos agentes do SNI que havia atendido homens e mulheres com pequenos orifícios na pele, paralisia generalizada e queimaduras. Prestes a enviar relatórios à Secretaria Estadual de Saúde, Wellaide preferiu conter-se, com medo de cair no ridículo.
Alfredo De La Ó, padre da cidade, e Ildone Favacho Soeiro, prefeito de Vigias, município vizinho, também declararam ter visto o Ovni: “Um objeto que cruzava o céu em espantosa velocidade, lançando uma luz amarela e em absoluto silêncio”. O SNI enviou uma equipe para fotografar o que a população ribeirinha chamava de “bicho”. Munidos com uma câmera Minolta SRT-101, os oficiais conseguiram registrar a imagem: “uma mancha clara, como uma luz, não permitindo que se faça qualquer conjectura sobre a sua forma”. Entretanto, quando voltaram a Belém, mantiveram-se lacônicos, também com receio de serem ridicularizados pelos colegas. Durante dias, no crepúsculo, os moradores de Colares continuaram a organizar procissões, acender fogueiras e soltar foguetes com o objetivo de espantar o “bicho”. O caso ganhou proporções mundiais e o assunto foi destacado nas capas de vários jornais.
Igualmente emblemático, outro episódio que impressionou ufólogos do mundo inteiro foi “A Noite oficial dos OVNIS no Brasil”, em 19 de maio de 1986: um controlador de tráfego aéreo de São José dos Campos detectou luzes desconhecidas nos céus da região e avisou a FAB. Rapidamente, caças supersônicos foram deslocados para perseguir os Ovnis, sem no entanto localiz'a-los (provavelmente os ETs fugiram depois de constatar a potência do arsenal bélico nacional sobre asas).
No entanto, o caso Roswell brasileiro aconteceu em Varginha, meio século depois do mais famoso episódio extraterrestre da história dos Estados Unidos. Enquanto os ufólogos americanos acusam o governo de ter apreendido artefatos e corpos de alienígenas, capturados depois da queda de um disco voador no Novo México, em 1947, os brasileiros acreditam que o ET mineiro (por adoção, é bom ressaltar) só parou de visitar a região depois de ter sido aprisionado pelo Exército em 20 de janeiro de 1996.
Para a Fonte: Clique Aqui
Atualizado em 13/11/2010
Dossiê UFO Brasil
Por CBU
O Dossiê UFO Brasil foi protocolado na Comissão de Averiguação e Análise de Assuntos Sigilosos (CAAIS), no final de dezembro de 2007. É o instrumento que permitiu à Ufologia Brasileira, sob os rigores da Lei e da Constituição Federal, pressionar nossas autoridades para que se posicionem diante da realidade e do avanço do Fenômeno UFO, dando orígem ao início das liberações de arquivos.
Caso Parintins
Por Aeronáutica/Marinha Brasileira
Caso registrado e documentado pelo 4º Distrito Naval, comprovando que a Marinha possui arquivos sobre UFOs, ao contrário do declarado na Certidão 60-3/2010 enviada à CBU pelo Comando da Marinha, em que afirma não constar nada sobre o assunto naquele Comando.
Dê play para ver um vídeo sobre esses documentos: Vídeo retirado do Portal da Rede TV.
Caso Parintins - Imagens abaixo
Relatório de Ocorrências da Noite Oficial dos
UFOs no Brasil
Por Força Aérea Brasileira (FB) |
Este documento registra um dos mais espantosos incidentes ufológicos do mundo, ocorrido em 19 de maio de 1986 e chamada pelos ufólogos como “A Noite Oficial dos UFOs no Brasil”. Ele descreve como 7 caças a jatos da Aeronáutica se envolveram numa incrível perseguição a 21 UFOs esféricos e de grande proporções entupia os radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), especialmente na Região Sudeste.
GRAÇAS A INICIATIVA DA
COMISSÃO BRASILEIRA DE UFÓLOGOS (CBU) -
Mais um lote enorme de documentos ufológicos chegou à Coordenação Regional do Arquivo Nacional no Distrito Federal (COREG) e estavam sendo digitalizados. Trata-se dos registros gerados pela Força Aérea Brasileira (FAB) na década de 90. São quase 800 páginas, divididas em 10 pastas que, a partir desde momento, estão à disposição dos estudiosos e da sociedade. Os documentos contem transcrições de conversas entre pilotos e torres de controle aéreo, comunicados, relatórios de ocorrências e despachos oficiais. No entanto, o que mais chama a atenção é que temos dezenas e dezenas de questionários, com centenas de testemunhas do Fenômeno UFO.
Pelo texto, comando deve apenas registrar e encaminhar ‘ocorrências’. Destino final das notificações sobre óvnis é o Arquivo Nacional. Uma portaria publicada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União regulamenta como a Aeronáutica deve proceder com notificações de “objetos voadores não identificados” (óvnis) no espaço aéreo brasileiro. De acordo com o documento, o Comando da Aeronáutica (COMAER) deve restringir sua atuação neste campo ao registro de ocorrências e ao encaminhamento desses registros para o Arquivo Nacional. O texto, portaria 551/GC3, de 9 de agosto de 2010, aponta ainda o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) como responsável por receber e catalogar as notificações referentes a óvnis. Os registros (“relatados por usuários dos serviços de controle de tráfego aéreo”) devem seguir para o Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (CENDOC), conforme determina a portaria.
Objetos voadores quase identificados
Aeronáutica libera documentos que detalham aparições de supostos extraterrestres e casos de pessoas “infectadas” por focos de luz registrados no Brasil de 1952 a 2009.
Segunda-feira, 23 de junho de 1969. Passava da meia-noite, chovia fino e ventava fraco quando Dayse Arantes Carneiro, 42 anos, dona-de-casa e ex-datilógrafa, chamou a atenção do filho para um ponto que brilhava no céu sem estrelas do centro-norte de Minas Gerais – mais precisamente entre as cidades de Guaraciama e Bocaiúva, a cerca de 400 quilômetros de Belo Horizonte. A bordo de uma caminhonete Rural Willys, a 40 km/h, Dayse notou um objeto flutuando sobre as árvores, a 500 metros de distância, no pé do morro. “Era algo semelhante a uma fogueira”, relatou na época. “Ou a um edifício redondo com as janelas iluminadas à noite”. No dia seguinte, a dona-de-casa acordou com os olhos inchados e doloridos. Caminhou até o espelho e percebeu que estavam opacos. A sensação desapareceu depois de alguns dias. Nunca sentira algo parecido.
Um mês e meio depois, Dayse relatou o caso para um funcionário do Sistema de Investigação dos Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), órgão da Aeronáutica criado em abril de 1969 e extinto três anos depois pelo governo Médici. O rapaz analisou as características físicas e psíquicas da depoente – considerada sã – e preencheu um relatório de 22 páginas, arquivado sob uma sigla de informação classificada das Forças Armadas. Hoje, o documento está entre as quase 5.000 páginas abrigadas no Arquivo Nacional, em Brasília, disponíveis ao público, que detalham aparições de objetos voadores não-identificados, supostos extraterrestres e casos de pessoas “infectadas” por focos de luz registrados no Brasil de 1952 a 2009. É possível acessar boa parte do material pela internet.
Idealizado pelo major-brigadeiro José Vaz da Silva e pelo major-aviador Gilberto Zani de Mello – ambos falecidos – o Sioani reuniu e investigou todos os casos relacionados a Ovnis no Brasil durante os três anos de existência. Por não ser uma atividade prioritária para o governo, o órgão encerrou as atividades. A Aeronáutica explica que não dispõe de equipamentos ou recursos para fazer investigações de OVNIs, por isso se limita a fazer o registro de episódios relatados. Esse registro continua a ser obrigação das Forças Armadas. A Aeronáutica, por exemplo, desenvolveu um questionário padrão que até hoje é preenchido por quem afirma ter presenciado algum fenômeno extraterrestre.
A abertura dos documentos começou em outubro de 2008, depois de insistentes pedidos de ufólogos brasileiros. Contudo, só no fim de 2010, por meio da portaria 551/GC3, o tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito regulamentou o acesso aos papéis, definindo como seriam recebidos, catalogados e arquivados. Assim como ocorre em todos os países, ufologia e teorias da conspiração também andam de mãos dadas no Brasil. Enquanto a Aeronáutica garante que 100% dos documentos foram liberados, os ufólogos falam em menos de 5%.
“Estimo que 2% ou 3% do total de documentos existentes foram revelados pelo governo”, diz Ademar José Gevaerd, diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV). “Eles liberaram menos de 400 páginas relativas a toda a década de 2000. Eu, sozinho, produzo isso em três meses”. Fernando de Aragão Ramalho, vice-presidente da Entidade Brasileira de Estudos Extraterrestres (EBE-ET), concorda: “Com certeza absoluta as Forças Armadas escondem parte do material”. A dupla afirma que durante anos teve acesso a documentos que não constam do lote disponibilizado pelo governo. A Aeronáutica nega.
“Em cumprimento à determinação do Comando da Aeronáutica, desde agosto de 2010, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), que tem como missão realizar a defesa do território nacional contra todas as formas de ataque aeroespacial, passou a enviar anualmente todos os seus registros sobre avistamentos para o Arquivo Nacional. Todos os registros, sem exceção, estão sendo repassados”, afirmou, em nota, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.
As divergências entre ufólogos, militares e cientistas são tão antigas quanto a existência de pessoas que afirmam ter visto Ovnis e ETs. Em 27 de junho de 1986, por exemplo, o ufólogo Claudeir Covo e o físico da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Carlos Menezes protagonizaram um debate nas páginas do Jornal da Tarde. “É sério, os discos voadores existem, e os ETs estão interessados na Terra”, declarou Covo. Menezes rebateu: “Ah é? Então, por que não descem para um café?”
Uma das primeiras referências da humanidade a discos voadores, segundo os ufólogos, aparece registrada na Bíblia. Em 60 a.C., o profeta Ezequiel parou às margens do Rio Quebar, na Mesopotâmia, e avistou “uma roda dentro de outra roda, toda cheia de olhos, que desceu do céu numa nuvem de fumaça”. Os teólogos atribuem a imagem a “uma visão divina”.
Desde então, o formato de objetos voadores como os descritos por Ezequiel tornaram-se um clássico. No Brasil, o mais célebre deles entrou para a história depois da “Operação Prato” – que deslocou militares da FAB até o Pará para investigar estranhas aparições. Em outubro de 1977, no município de Colares, perto da ilha de Marajó, um misterioso objeto luminoso era visto sempre depois das 19h voando a poucos metros do solo. Nos documentos do Serviço Nacional de Informações (SNI) o caso aparece descrito como um Ovni que emitia um intenso foco de luz na direção das pessoas que, trêmulas, perdiam os sentidos e amanheciam doentes. Wellaide Cecim de Carvalho, na época médica da Unidade Hospitalar de Colares, confidenciou aos agentes do SNI que havia atendido homens e mulheres com pequenos orifícios na pele, paralisia generalizada e queimaduras. Prestes a enviar relatórios à Secretaria Estadual de Saúde, Wellaide preferiu conter-se, com medo de cair no ridículo.
Alfredo De La Ó, padre da cidade, e Ildone Favacho Soeiro, prefeito de Vigias, município vizinho, também declararam ter visto o Ovni: “Um objeto que cruzava o céu em espantosa velocidade, lançando uma luz amarela e em absoluto silêncio”. O SNI enviou uma equipe para fotografar o que a população ribeirinha chamava de “bicho”. Munidos com uma câmera Minolta SRT-101, os oficiais conseguiram registrar a imagem: “uma mancha clara, como uma luz, não permitindo que se faça qualquer conjectura sobre a sua forma”. Entretanto, quando voltaram a Belém, mantiveram-se lacônicos, também com receio de serem ridicularizados pelos colegas. Durante dias, no crepúsculo, os moradores de Colares continuaram a organizar procissões, acender fogueiras e soltar foguetes com o objetivo de espantar o “bicho”. O caso ganhou proporções mundiais e o assunto foi destacado nas capas de vários jornais.
Igualmente emblemático, outro episódio que impressionou ufólogos do mundo inteiro foi “A Noite oficial dos OVNIS no Brasil”, em 19 de maio de 1986: um controlador de tráfego aéreo de São José dos Campos detectou luzes desconhecidas nos céus da região e avisou a FAB. Rapidamente, caças supersônicos foram deslocados para perseguir os Ovnis, sem no entanto localiz'a-los (provavelmente os ETs fugiram depois de constatar a potência do arsenal bélico nacional sobre asas).
No entanto, o caso Roswell brasileiro aconteceu em Varginha, meio século depois do mais famoso episódio extraterrestre da história dos Estados Unidos. Enquanto os ufólogos americanos acusam o governo de ter apreendido artefatos e corpos de alienígenas, capturados depois da queda de um disco voador no Novo México, em 1947, os brasileiros acreditam que o ET mineiro (por adoção, é bom ressaltar) só parou de visitar a região depois de ter sido aprisionado pelo Exército em 20 de janeiro de 1996.
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Atualizado em 13/11/2010
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